quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Cada vez mais excitada, a jovem via como que um rio de suco vaginal correr em direcção à faringe do padre, que quase a sufocar viu-se obrigado a interromper o que já se assemelhava a uma cascata, utilizando a técnica dos castores, mas com o seu visconde a servir de dique. Gotas de sangue de uma pureza perdida escaparam daquela profana união, indo-se depositar no benzido solo da casa do Senhor. Maciel, qual touro enraivecido apenas via no corpo de Rosalina um escarlate capote de toureiro, sobre o qual sentia uma compulsiva necessidade de investir. Segundo as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, a um camelo seria impossível passar pelo buraco de uma agulha. No entanto a jovem de Barqueiros era a prova viva da incongruência desta afirmação: não se tratava de um camelo, mas sim de uma imensidão de nervo que teimava em penetrar ferozmente uma cavidade tão ínfima, que espantaria até o mais optimista dos mortais. Rosalina sentia no seu âmago um misto de dor e prazer, que a levou a percorrer a uma velocidade estonteante todos os jardins do Éden, a ver todas as cores do arco-íris girarem ao seu redor até se fundirem numa só: a cor branca do líquido seminal que fez o útero da adolescente parecer um balde de ordenha. Indiferente, Maciel recolheu o seu tirante entre o quinto e o sexto botão da batina, não sem que antes tivesse limpo os despojos daquele acto de relativo prazer, dando duas roçadelas no meio dos seios de Rosalina. Esta, atordoada e com dificuldades de locomoção, abandonou a igreja pedindo a benção ao padre ameaçando-o de divulgar o sucedido caso este lhe negasse os prazeres que tornaram célebre a ilha de Sodoma. Incrédulo, o pároco anuiu com alguma apreensão colocando algumas reservas quanto ao local mais apropriado para tal acto.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Tudo parecia calmo e normal naquela pequena aldeia minhota, a atravessar mais um tórrido Verão como tantos outros que lhe precederam. No entanto, a tragédia e a desgraça aproximavam-se, sem que ninguém o soubesse ou disso desconfiasse. Tudo começou na primeira sexta-feira após a chegada de Maciel: o padre pela primeira vez iria celebrar o sacramento da confissão. Impressionadas com o porte físico do interlocutor de Deus, as jovens donzelas faziam bicha para acederem ao confessionário, onde um experiente e calculista Maciel as aguardava paciente.
A liderar a fila de debutantes, temos a já nossa conhecida Rosalina, e quanto haveria ela de agradecer a Deus esse privilégio...
Ao chegar a sua vez, Rosalina ergueu-se do lugar onde orava, na nave central da igreja e, com passos firmes e decididos, olhar em frente e peitos esticados caminhou em direcção ao confessionário, sito num recanto absconso por ordem de Maciel. O padre vinha-a fitando sem lhe dar um segundo que fosse de descanso, perscrutando impávido e sereno os bem contornados meigos e azuis olhos da jovem.
Rosalina apresentava um bem arranjado e penteado bigode, o que deixou o padre intrigado com a imensidão capilar que deveria povoar a região central do corpo da jovem. Uma baba celestial pendia sob a boca de Maciel, que já estava a esticar por demais a corda do seu já muito degradado auto-controlo. Ao chegar perto do padre, a falsa ingénua Rosalina fingiu um desmaio devido ao calor, caíndo no colo de Maciel, que rapidamente lhe desabotoou a camisa para a jovem poder respirar. À medida que ela respirava os seus seios enchiam-se, deixando o fiel servente a Deus com um tesão desenfreado, chegando mesmo um pingo de suor da sua tez a cair na barriga da maliciosa pecadora, que aproveitou o facto para esfregá-la com a mão até esta se alojar nas profundezas da sua larga saia. Um envolvente e nauseabundo aroma, cujo epicentro se situava entre as pernas de Rosalina, rapidamente se propagou por toda a igreja, da sacristia à nave central, do sacrário à sala da catequese, desencadeando um sentimento de nostalgia geral entre as devotas mais idosas e um intenso tráfego de acólitos aos lavabos. Embriagado pela virginal fragância, Maciel, enólogo sedento do saber, desde logo quis indagar do sabor do enebriante licor que escorria daquela floresta desconhecida, pelo que da sua boca surgiu um longo sardão tresloucado que rapidamente serpenteou por entre as vielas da inocência da catequista.