Tudo parecia calmo e normal naquela pequena aldeia minhota, a atravessar mais um tórrido Verão como tantos outros que lhe precederam. No entanto, a tragédia e a desgraça aproximavam-se, sem que ninguém o soubesse ou disso desconfiasse. Tudo começou na primeira sexta-feira após a chegada de Maciel: o padre pela primeira vez iria celebrar o sacramento da confissão. Impressionadas com o porte físico do interlocutor de Deus, as jovens donzelas faziam bicha para acederem ao confessionário, onde um experiente e calculista Maciel as aguardava paciente.
A liderar a fila de debutantes, temos a já nossa conhecida Rosalina, e quanto haveria ela de agradecer a Deus esse privilégio...
Ao chegar a sua vez, Rosalina ergueu-se do lugar onde orava, na nave central da igreja e, com passos firmes e decididos, olhar em frente e peitos esticados caminhou em direcção ao confessionário, sito num recanto absconso por ordem de Maciel. O padre vinha-a fitando sem lhe dar um segundo que fosse de descanso, perscrutando impávido e sereno os bem contornados meigos e azuis olhos da jovem.
Rosalina apresentava um bem arranjado e penteado bigode, o que deixou o padre intrigado com a imensidão capilar que deveria povoar a região central do corpo da jovem. Uma baba celestial pendia sob a boca de Maciel, que já estava a esticar por demais a corda do seu já muito degradado auto-controlo. Ao chegar perto do padre, a falsa ingénua Rosalina fingiu um desmaio devido ao calor, caíndo no colo de Maciel, que rapidamente lhe desabotoou a camisa para a jovem poder respirar. À medida que ela respirava os seus seios enchiam-se, deixando o fiel servente a Deus com um tesão desenfreado, chegando mesmo um pingo de suor da sua tez a cair na barriga da maliciosa pecadora, que aproveitou o facto para esfregá-la com a mão até esta se alojar nas profundezas da sua larga saia. Um envolvente e nauseabundo aroma, cujo epicentro se situava entre as pernas de Rosalina, rapidamente se propagou por toda a igreja, da sacristia à nave central, do sacrário à sala da catequese, desencadeando um sentimento de nostalgia geral entre as devotas mais idosas e um intenso tráfego de acólitos aos lavabos. Embriagado pela virginal fragância, Maciel, enólogo sedento do saber, desde logo quis indagar do sabor do enebriante licor que escorria daquela floresta desconhecida, pelo que da sua boca surgiu um longo sardão tresloucado que rapidamente serpenteou por entre as vielas da inocência da catequista.
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