domingo, setembro 03, 2006

Todas ao mesmo tempo disputavam cada centímetro quadrado do enorme bacamarte como se disso dependessem as suas próprias vidas. Maciel não queria acordar do sonho que parecia estar a ter. Não tinha mãos a medir, ora esfregando as vulvas quentes que em tudo se assemelhavam às cataratas do Niagara, tal era o teor de humedecimento das mesmas, ora sugando os seios freneticamente levando ao rubro as jovens com uma facilidade que apenas está ao alcance dos grandes mestres da arte dos preliminares do acto sexual. Maciel era com toda a certeza o único e verdadeiro mestre de todas estas artes respeitantes à luxúria, já que qualquer outro mortal logo se tornava um aprendiz à beira deste padre.
Rapidamente começaram a tentar ser penetradas, empurrando-se umas às outras em busca da posição mais vantajosa para serem as primeiras. A anarquia era reinante naquela dependência, pelo que o padre tentou impor alguma ordem no que se estava a passar, mas nem com berros elas obedeciam. Parecia que o prazer daquele momento as tinha tornado surdas, e só quando Maciel dirigiu-se a elas num tom imperativo ameaçando acabar com tudo aquilo é que anuíram.
Estabeleceu-se uma ordem aleatória cabendo a cada uma três penetrações para as outras não arrefecerem. O que se seguiu mais se assemelhava a um enorme carrocel de prazer: quando uma estava despachada encetava uma correria louca para chegar mais rapidamente ao final da fila, ansiosa por mais um cabaz de três furadelas. O barulho que elas faziam era ensurdecedor a tal ponto que a Madre Superiora acordou, descendo ao andar de baixo para se inteirar do que estava a acontecer.

1 Comments:

At 7:56 da tarde, Anonymous Anónimo said...

como nos têm habituado,os autores primam pela beleza do relato, desta feita nos mimando com momentos de frenética devoção "paulista" à procura de sorver todos os ensinamentos que ele contem. Parabéns!

 

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