quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Cada vez mais excitada, a jovem via como que um rio de suco vaginal correr em direcção à faringe do padre, que quase a sufocar viu-se obrigado a interromper o que já se assemelhava a uma cascata, utilizando a técnica dos castores, mas com o seu visconde a servir de dique. Gotas de sangue de uma pureza perdida escaparam daquela profana união, indo-se depositar no benzido solo da casa do Senhor. Maciel, qual touro enraivecido apenas via no corpo de Rosalina um escarlate capote de toureiro, sobre o qual sentia uma compulsiva necessidade de investir. Segundo as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, a um camelo seria impossível passar pelo buraco de uma agulha. No entanto a jovem de Barqueiros era a prova viva da incongruência desta afirmação: não se tratava de um camelo, mas sim de uma imensidão de nervo que teimava em penetrar ferozmente uma cavidade tão ínfima, que espantaria até o mais optimista dos mortais. Rosalina sentia no seu âmago um misto de dor e prazer, que a levou a percorrer a uma velocidade estonteante todos os jardins do Éden, a ver todas as cores do arco-íris girarem ao seu redor até se fundirem numa só: a cor branca do líquido seminal que fez o útero da adolescente parecer um balde de ordenha. Indiferente, Maciel recolheu o seu tirante entre o quinto e o sexto botão da batina, não sem que antes tivesse limpo os despojos daquele acto de relativo prazer, dando duas roçadelas no meio dos seios de Rosalina. Esta, atordoada e com dificuldades de locomoção, abandonou a igreja pedindo a benção ao padre ameaçando-o de divulgar o sucedido caso este lhe negasse os prazeres que tornaram célebre a ilha de Sodoma. Incrédulo, o pároco anuiu com alguma apreensão colocando algumas reservas quanto ao local mais apropriado para tal acto.

2 Comments:

At 12:07 da tarde, Anonymous Anónimo said...

De Bocage a Vilhena de Garganta Funda a Chupa-me os Pistons, nunca vi alguém verter no papel de forma tão erudita pornografia pura e dura...

 
At 8:13 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Concordo com o que o crucifixo escreveu pois, de facto, nunca antes vira alguém derramar, ao sabor da pena, num português que me lembra Vieira, pornografia tão bem retratada na sua mais genuína e material sensualidade.
Parabéns, pois, ao autor, ou autores, pelo contributo que dão à elevação literária da pornografia portuguesa.
E... hoje que há tanto onde ir buscar material bastante para romances similares e, quiçá, bem mais pesados...!!!

 

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