quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Logo no primeiro dia que seguiu a avantajada prima, Anacleto pôde constatar a rapidez com que Aurélia se deslocava em busca da confissão. Era algo que não compreendia, pois para ele esse era sempre um momento de constrangimento. Assim que a jovem se aproximou da capela, Anacleto viu o vulto de um padre assomar-se à entrada e receber a sua prima com um largo e generoso sorriso. Tratava-se do Padre Garrett, do qual já ouvira falar por várias vezes, principalmente às jovens da sua aldeia. Tinha uma figura que embora não fosse especialmente formosa, transmitia uma certa confiança.
Mal entraram o padre fechou atrás de si a porta da capela, o que além de deixar Anacleto desconfiado impediu-o de ver o que se passava no interior da mesma. Meia hora volvida e Aurélia saiu radiante, com uma expressão de felicidade que o adolescente nunca houvera visto nela.
Nas três seguintes incursões a situação repetiu-se e Anacleto nada teve para relatar a Maciel, a não ser o mesmo sorriso perturbador com que a prima saía das confissões. Foi então que Maciel sugeriu que talvez a única maneira de resolverem o mistério fosse Anacleto chegar antes de Aurélia e esconder-se na capela sem que Garrett suspeitasse de algo. Assim fez e logrou esconder-se perto do confessionário, ciente estava de que a prima não ia lá mais do que para se confessar.

5 Comments:

At 12:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Quando continua a saga do Senhor Padre Maciel?
Já fazem falta as novas páginas da sua história.

 
At 4:32 da tarde, Blogger PxA said...

concordo...

 
At 6:02 da manhã, Anonymous Anónimo said...

entao, ha padre maciel ou nao... o bacano ainda é vivo???

 
At 5:51 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O Senhor Padre Maciel tantas e tão boas fez que deve ter levado alguma cornada e foi desta para melhor...
É lamentável que a sua história não tenha acabado

 
At 6:22 da manhã, Blogger Unknown said...

Estamos esperando a continuação ..

 

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